- O que é Educação Domiciliar, ou Homeschooling?
A Educação Domiciliar é um modelo de Educação em que os educandos não vão à Escola, responsabilizando-se integralmente os pais pela formação intelectual e moral de seus filhos, opcionalmente contando com o auxílio de tutores para certas disciplinas quando necessário. - Existe o Homeschooling em outros países no Mundo?
O Homeschooling constitui modalidade de ensino amplamente praticada nos países mais desenvolvidos do mundo, entre eles Estados Unidos, Áustria, Bélgica, Canadá, Austrália, França, Noruega, Portugal, Rússia, Itália, Nova Zelândia, Singapura e Finlândia (estas duas últimas, as nações que ocupam as posições mais elevadas no exame PISA da OCDE). Vale ressaltar que o Homeschooling é regulamentado em países como o Equador, cujo presidente é bolivariano, e também na Rússia– ou seja, o homeschooling não é uma causa vinculada somente a governos identificados como “conservadores”. - Mas e a Socialização?
O conceito de socialização surge na Sociologia como uma tentativa de abarcar o complexo processo de assimilação, por parte do ser humano, da linguagem, valores e bens culturais compartilhados por membros de um grupo, sociedade ou civilização. Este processo possui níveis de complexidade que devem respeitar as fases de desenvolvimento humano. Portanto, a família é o meio de socialização por excelência. A família vive em sociedade, nas atividades coletivas e comunitárias, familiares, vizinhos, grupos de apoio, Igreja, clubes esportivos, etc… É errôneo e sem fundamento o argumento de que as instituições de ensino possuem o monopólio da socialização. - Devo guardar e fazer um registro de atividades estudadas em casa?
Sim. É de extrema importância que tenham os registros de atividades dos educandos, é uma grande prova física contra o abandono intelectual. - A Educação é um caminho fácil a ser trilhado?
Não. Educar um filho em todos os períodos de sua formação irá exigir muito trabalho, exemplo, esforço, dedicação, perseverança, constância, diligência, inteligência, entrega, sacrifícios, etc. A Educação Domiciliar é para aqueles pais que optam pelo caminho mais árduo. A Educação Domiciliar é um ato de Amor. - Quais os benefícios da Educação Domiciliar?
A Educação Domiciliar traz inúmeros benefícios. Qual melhor benefício para a sociedade, para a Pátria, do que um ser humano bem formado, um bom cidadão? Pois bem, damos alguns breves benefícios aos pais e aos filhos.
Aos pais: Comprovadamente, aquele que ensina é o que mais aprende. Os pais são os primeiros a se beneficiar com a Educação Domiciliar.
Aos filhos: O desenvolvimento dos estudantes nas famílias educadoras é pleno quando se proporciona um ambiente estável e equilibrado para seus filhos. A personalidade da criança é moldada pela família, que é a unidade básica e natural da sociedade. O desenvolvimento social gerado na interação das crianças com membros da família de diferentes faixas etárias é muito mais benéfico para a formação da criança do que a interação com crianças de mesma idade escolar, pois permite o contato com pessoas maduras, assimilando seus bons conselhos, atitudes e comportamentos, bem como com pessoas mais jovens, permitindo gerar a noção de responsabilidade e zelo pelos mais fracos e menos desenvolvidos. - E para obter as Certificações, ou histórico escolar, para prestar Vestibular?
Hoje, no Brasil, os educandos fazem a prova do ENCCEJA (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) para obter os Certificados de Ensino Fundamental e Médio. Após esse teste, estão aptos a prestar a prova do ENEM e ingressar em qualquer Instituição de Ensino Superior de nosso país. - A Educação Domiciliar vai acabar com o emprego dos professores?
Não. Ao contrário, a Educação Domiciliar abre mais oportunidades de atuação profissional para os professores. - A Educação Domiciliar é somente para famílias de melhores condições financeiras, somente para famílias de classe alta?
Não. Atualmente no Brasil, a maioria das famílias educadoras é de Classe Média/Baixa. - As Famílias Educadoras vivem isoladas?
Não. Elas fazem parte da comunidade. São ativas na sociedade. Além disso, hoje existem diversos Grupos de Apoio de Famílias Educadoras, com encontros mensais ou até mesmo semanais. Conte-se também com a iniciativa de Associações de famílias educadoras, tais como a AFESC, que está conseguindo ganhar voz perante o Estado e conquistando respeitabilidade no Ofício de defesa do direito à liberdade das famílias na educação de seus filhos.
Patrícia Vieira – Presidente da AFESC.
