Crescimento da Educação Domiciliar no Brasil e nos Estados Unidos

Homeschooling: A pandemia fomentou um grande aumento de famílias adeptas a educação familiar.

“O isolamento social durante a pandemia pode ter estimulado um maior interesse de famílias brasileiras pelo homeschooling, ou seja, pelo método educacional promovido pelos pais e não por uma escola. Essa é a observação feita pela Associação Nacional de Educação Domiciliar (Aned). […] De acordo com o presidente da associação, Rick Dias, estima-se que atualmente a educação domiciliar esteja sendo praticada em cerca de 30 mil lares do país.” (1)

O mesmo fenômeno presenciamos no Estado de Santa Catarina: grande procura de novas famílias desejosas em assumir a educação dos filhos durante a pandemia. O principal motivo é o descontentamento com a baixa qualidade do ensino oferecida pelas escolas, tanto com relação ao conteúdo didático quanto à má formação dos educadores, tornada evidente ao testemunhar as aulas online oferecidas a seus filhos.

As famílias relatam que há muito tempo estavam desgostosas com o resultado proporcionado pela educação escolar e que o isolamento forçado pela pandemia, em que pese seu lado trágico, possibilitou que os pais percebessem o quanto o ensino domiciliar é uma experiência interessante e proveitosa, ampliando e reforçando o vínculo familiar. Os pais perceberam despertar nas crianças um gosto pela leitura e pela busca de conhecimento que, antes, estava ausente.

Relatos como esses não ocorrem somente no Brasil, havendo registro de um grande aumento no número de famílias que aderiram ao ensino doméstico também nos Estados Unidos:

“Há boas razões para esperar que muitas famílias americanas que mudaram para o ensino domiciliar durante a pandemia de COVID-19 continuem com ela, mesmo com a reabertura de escolas públicas e privadas no outono”. É o que diz Steven Duvall, diretor de pesquisa da Home School Legal Defense Association. Ele tem monitorado o notável crescimento da educação domiciliar desde o início de 2020. […] Duvall aponta em seu último artigo , publicado em julho deste ano, que as famílias educadoras  somam 19,5% de todas as famílias americanas com filhos em idade escolar.” (2)

“Parece razoável que, quando o vírus levou milhões de pais em todo o país a investir na educação de seus filhos em um grau maior do que nunca, muitos deles provavelmente observaram seus adolescentes experimentando uma saúde mental melhor… obtendo melhores e mais rápidos ganhos acadêmicos em casa do que nas escolas tradicionais… sentindo-se mais seguros e relaxados, desfrutando de currículos feitos sob medida, ambientes de aprendizagem e horários flexíveis.” (3)

 

Ao iniciar a prática da educação domiciliar, pais e filhos descobrem que podem estudar os conteúdos com maior profundidade, em menos horas diárias. Sim! Na escola, devido ao grande número de alunos, perde-se tempo demasiado com troca de horários, com distrações pelo ruído excessivo em sala de aulas. Em casa, a família educadora tem maior flexibilidade inclusive para aprofundar-se num tema quando ele despertar maior curiosidade da criança. Por exemplo, se estivermos estudando uma teoria científica, é possível interromper o fluxo da aula para fazer imediatamente um experimento. Assim, todos os membros da família podem observar e aprender juntos. Ademais, o contraturno é geralmente reservado para atividades extracurriculares de interesse do estudante: leitura, artes, culinária, xadrez, idiomas, passeios culturais ou prática de esportes, o que faz do homeschooling uma experiência educacional mais rica e completa do que é possível obter em qualquer escola brasileira da atualidade.

Fontes:
(1) https://www.otempo.com.br/cidades/educacao-domiciliar-pode-estar-sendo-adotada-por-30-mil-familias-brasileiras-1.2511113)

(2) https://hslda.org/post/researcher-studies-hint-at-parents-sticking-with-homeschooling

(3) https://hslda.org/post/census-data-shows-phenomenal-homeschool-growth

1 comentário

    • Maria das Graças Souza Lopes de Matos em 09/05/2022 às 07:59
    • Responder

    Bom dia !Sou avó e Guardiã Permanente de meu neto com 11 anos de idade. Com diagnóstico de Autista/ Asperger, dotado de Talentos . Fala e escreve em inglês. Ilustra desenhos muito bem. Sou educadora há 50 anos.Formada no interior de SP.Hoje resido em Pomerode/ SC.Com a pandemis , assumi a educação Remota e, permeneci até o final de abril/ 2022. O Secretário de Educação exige o cumprimento da Lei , ou seja , retorno para escola.Os professores e o Diretor Escolaratestam o progresso excelente neste período. Mas , não há acordo . O garoto Francisco , cursa a sétima série , com 11 anos.Solicito uma Orientação Fundamentada para
    este caso referendado. Att. Maria das Graças / Wahts 47 9 9621 9057.

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