Oceano Literário

Mosquée près d’un port por Ferdinand Bonheur. Fonte: https://commons.wikimedia.org/

Na imensidão do oceano literário, navegava eu uma tacanha embarcação, meu destino ainda estava além do horizonte. A serenidade monarquiava o itinerário das palavras, o céu pálido e os ventos moderados fraseavam às águas.

No entanto, após alguns meses, o percurso ficara mais laborioso. Os ventos da linguagem simbólica sopravam com mais vigor e, algumas vezes, o firmamento enegrecia. Ao transcorrer de uns dias, bramava o mar, o vento embravecia, ameaçava o céu com raios, relâmpagos e coriscos, os membros possantes da procela sacolejavam o pequeno barco. Mas com a graça Divina, a tormenta cessou e a retornou a calmaria.

Com o término da tempestade, o firmamento azulara em inspiradas poesias e o sol brilhou mais forte. Depois de um ano de viagem, cheguei ao meu destino, e daquele dia em diante, eu pisava em nova terra.

 

(Originalmente publicado em: http://www.gehspace.com/arte-cultura/oceano-literario/)

 


Michael Hellmann, 11 anos. Estudante homeschooler, ávido leitor, gosta de expressar por escrito seus pensamentos.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado.