Uma voz ecoa no Senado Federal.

Igor Vieira, 18 anos, um jovem formado em Homeschooling, no seio do lar.

Educação para a Liberdade: O Testemunho de um Homeschooler

 

Ao ouvir a fala de Igor Vieira, de 18 anos, no Senado Federal, somos levados a refletir sobre um tema que, embora polêmico, está cada vez mais presente no Brasil: o homeschooling, ou a educação domiciliar. Igor, um jovem poliglota, professor e empreendedor, é a prova viva de que a educação formal não é o único caminho para o sucesso. Sua história, compartilhada com convicção e clareza, aborda os principais pilares da educação domiciliar: liberdade, socialização e o papel central da família.


 

Liberdade de Aprender e a Individualização do Ensino

 

A educação, para Igor, foi uma jornada de autodescoberta e paixão. Ele descreve o homeschooling como uma educação que “respeitou o meu tempo, meu ritmo, minha identidade”. Essa individualização do ensino permitiu que ele se aprofundasse em matérias de seu interesse e dedicasse mais tempo àquelas em que tinha mais dificuldade. Esse modelo contrasta com o ensino tradicional, muitas vezes engessado por currículos e horários fixos.

“Eu aprendi em casa a administrar o meu tempo de acordo com as minhas necessidades, podendo me dedicar mais nas matérias que eu tinha mais dificuldade ou até mesmo empenhando mais tempo naquilo que eu sempre amei estudar.”

O resultado dessa abordagem é um estudante apaixonado pelo conhecimento, não apenas alguém que cumpre tarefas. Igor se tornou professor de xadrez, latim e inglês e, com apenas 18 anos, já cursa duas faculdades (Letras e História) e fala vários idiomas. Essa trajetória desafia a ideia de que apenas a escola pode preparar um indivíduo para a vida acadêmica e profissional.


 

Socialização: Um Mito a ser Desfeito

 

Uma das maiores críticas à educação domiciliar é a suposta falta de socialização. Igor desmistifica essa ideia com sua própria experiência, mostrando que o homeschooling o ajudou a ter muito mais socialização do que a maioria das crianças que frequentam a escola.

“A socialização é algo muito comum entre os homeschoolers e muitas vezes acaba que nós homeschoolers temos muito mais socialização do que aqueles que frequentam a escola.”

Ele explica que a socialização no homeschooling não se restringe a um único ambiente. Sua família participava ativamente da comunidade, frequentando a biblioteca municipal e o clube de xadrez, onde ele e seus irmãos se tornaram atletas de destaque. Além disso, seu trabalho como árbitro voluntário em competições para pessoas com deficiência física e visual permitiu que ele desenvolvesse uma “melhor capacidade de envolver e ter contato com os diferentes.” A socialização, neste contexto, não é um processo de convivência forçada com pares da mesma idade, mas sim a capacidade de interagir com pessoas de todas as idades e realidades, o que ele demonstra com desenvoltura.


 

O Papel Sagrado da Família e o Desafio Legal

 

Igor conclui sua fala com uma forte crítica à perseguição legal que as famílias homeschoolers enfrentam no Brasil. Ele questiona a aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), uma lei que deveria proteger, mas que, segundo ele, é usada para criminalizar pais que buscam o melhor interesse de seus filhos.

“A lei que deveria proteger e garantir direitos é ainda usada para perseguir, atropelando a si própria.”

Ele defende que a família é a “base da sociedade e não apenas uma extensão do Estado” e que a educação dos filhos é um direito natural e humano. Em sua visão, a lei brasileira já garante o direito da criança de ser “criado e educado no seio de sua família”. Para Igor, o homeschooling é a materialização desse direito, oferecendo um ambiente de amor, compreensão e carinho que o sistema estatal não pode replicar.

Sua fala, mais do que um relato pessoal, é um apelo por justiça e liberdade. Ao apresentar sua história de sucesso, ele desafia a sociedade a questionar se o caminho da educação deve ser único e monopolizado, ou se deve haver espaço para a liberdade de escolha. Sua mensagem é clara: o homeschooling não é um capricho, mas uma realidade segura e legítima.

Para ao depoimento completo, acesse o link a seguir: Igor Vieira no Senado Federal.

A participação de Igor neste evento contou com total apoio de nossa Associação. A AFESC continua sua luta para que casos como o de Igor Vieira se tornem uma realidade cada vez mais presente em nosso país. Defendemos a liberdade educacional, e uma legislação que não coloque Famílias e Estado em lados opostos, mas contribuindo, cada um à sua maneira, para o melhor interesse das crianças e adolescentes.

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